Fonte: Startupi
Com a proposta de fazer uso da tecnologia para revolucionar a gestão de recebíveis para agroindústrias, distribuidores de insumos agrícolas, cooperativas e tradings, a startup GIRA (Gestão Integrada de Recebíveis do Agronégócio) acaba de receber um aporte do fundo Venture Brasil Central, gerido pela Cedro Capital.
Com o investimento, a startup atinge R$6 milhões em captação para expandir sua capilaridade no país e na América Latina. Depois de rodar 2017 em estágio piloto, movimentando R$85 milhões em operações de crédito, a expectativa para a nova safra com a nova versão da plataforma é atingir um volume superior a R$1 bilhão.
“Proporcionamos mais segurança para os agentes de crédito e menor custo para os produtores vinculando as operações à garantia de produção agrícola, dentro de um padrão de conhecimento jurídico e agronômico que permita confiabilidade dos indicadores de risco”, afirma Gianpaolo Zambiazi, CEO da GIRA.
Uma das principais inovações da startup mineira é a utilização de um novo tipo de CPR – Cédula de Produto Rural, que já traz consigo os indicadores agronômicos, o que permite um grande ganho sistêmico na estruturação das operações de crédito, beneficiando produtores e concessores de crédito. A ideia é mitigar o risco do investimento e proporcionar mais versatilidade ao produtor para fazer suas operações de financiamento.
Segundo Alessandro Machado, sócio da Cedro Capital, a solução inovadora da GIRA atende a uma demanda latente do mercado que é o compromisso com a produtividade. “Acreditamos que o uso da tecnologia e mão de obra qualificada na mitigação de riscos e definição assertiva dos indicadores de performance deverá contribuir muito para que o setor de agronegócios atinja patamares ainda mais elevados de resultados em toda sua cadeia produtiva”.
Atualmente, a GIRA já possui mais de 1100 cadastros de engenheiros agrônomos, técnicos agrícolas e advogados aptos a fazer a coleta e análise de informações sobre áreas em todo o país que apresentem um potencial de produtividade, além de levantar indicadores de risco. “O que fazemos basicamente é replicar o modelo do UBER para o agronegócio. Nosso sistema localiza engenheiros agrônomos ou advogados cadastrados em uma determinada área. O vistoriador escolhido vai até o local, faz as evidências da situação da lavoura, seguindo um protocolo de coleta de dados e dá o seu parecer. A partir destas evidências, conseguimos classificar o risco e comunicar ao credor a situação fática, o que permite com que ele tome uma decisão com base em informações reais e pontuais. O vistoriador, por sua vez, ganha pontos que são convertidos em créditos”, explica Gianpaolo.
Nova versão da plataforma
Depois de rodar 2017 em estágio piloto, a GIRA acaba de lançar sua plataforma 1.5 para a safra deste ano. Além de ser mais intuitiva, a nova versão traz um método de gestão baseado em blockchain, permitindo a integração de todos os processos internos de aprovação das operações. O sistema também adota uma nova sistemática de gestão da informação com novas opções em dash board e integração com outros sistemas por meio de suas APIs.